Contos Eróticos

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Entre Amigos: A primeira vez

Olá galera, tenho 45 anos, meu pseudônimo é Lutus, sou casado com uma mulher mas também gosto de homens. Nunca tive uma transa completa, só fico vendo sacanagens na internet. Mas tive coragem de me cadastrar num site de relacionamento gay. Foi aí que conheci um cara que pensei que ia dar novo impulso a mina vida.

O cara se mostrou super a fim de mim depois que mandei foto minha só de sunga, não tinha mostrado o rosto ainda não. Preferi marcar para conhecer pessoalmente. O cara, Kalil, também era casado e reclamava que achava difícil conciliar o tempo (essa vida dupla). Por quase uma semana nos falamos por email, mas sem usar a cam, foi quando ele perguntou se não queria ver pessoalmente, e eu disse claro que sim.

Marcamos numa tarde de quinta-feira, ele ia ao dentista no Sesc aqui de João Pessoa, a consulta com o dentista seria às 5 da tarde, quando nos falamos era perto das 4 horas, mas sai feito um foguete. Nosso encontro foi numa praça perto de um colégio tradicional aqui da capital.

Fui no meu carro e ele no dele. Cheguei primeiro, estava ansioso e já estava molhado na cueca, meu coração tava acelerado, estava ansioso é claro. Finalmente ele chegou e puder ver: eu disse que ele parecia um indiano. Ficamos sentados no meio fio num dos corredores da praça.

Como sempre falo muito e naqueles 25 minutos, falei muito de minha vida, de como começou este lado em mim, e de qual era difícil conciliar este lado com o da vida de casado, afinal eu amava a minha família. Percebi que ele falava pouco, mas Kalil era mais ousado nas palavras. Eu fui de bermuda e camiseta. Ele logo me disse que estava com vontade de passar a mão nas minhas coxas. Meu coração disparou. Na verdade senti algo de energia legal entre a gente, mas os dias seguintes seriam difíceis para mim.

Não trocamos nenhum carinho nesse dia, afinal não dava pra ser numa praça. Ele me disse que entraria em contato via e-mail. Em uma sexta-feira da outra semana, ele me convidou para ir ao cinema de um shopping. Disse que ia com a mulher e a filha, mas que eles não estariam na sessão. A mulher e a filha ficariam brincando no play station. Claro que disse que estaria lá.

Botei um perfume novo que ganhei, tinha cheiro de macho, de tesão. Fui dirigindo na BR com o som ligado em Pink Floyd, imaginando mil coisas que pudessem acontecer.

Ao chegar no cinema, no hall logo o vi. Conversamos algumas coisas, eu falei outras coisas da minha vida mas senti ele meio distante. Sentei na cadeira 13, como por sorte do destino o número 13 sempre tem me acompanhado nas coisas boas da minha vida. Fiquei ansioso.

O cinema tava lotado, sentei numa cadeira ao lado da dele, em determinados momentos da sessão consegui passar a mão na perna dele, em outros instantes tocava na pele dele com o meu braço. Ele parecia meio indiferente, mas pensei, é porque o cinema estava lotado. Me senti como um adolescente que tenta encontrar a mão da ´namorada´ no cinema, foi estranho mas, ao mesmo tempo diferente e ousado pra mim. Sou um cara super discreto, não sou afeminado, e tento disfarçar o que posso na minha vida.

Terminou a sessão, ele preocupado com a hora do filme, terminou depois das 23h15, a mulher ao longo da sessão passou 2 mensagens pelo celular perguntando se tava perto de acabar. Ele me perguntou o que eu achava, se tava perto de acabar, e respondeu a ela.

No final, nos despedimos. Ele me disse-nos falamos depois. E saí da sessão, estava com a cueca toda molhada, foi coisa de adolescente mesmo, afinal foi a minha primeira vez que fui ao cinema com um homem casado e que sofre do mesmo mal que eu: gostar de outro homem.

Os próximos 7 dias depois dessa sessão de cinema foram terríveis pra mim. Ele simplesmente sumiu do email, todos os dias conferia a caixa de entrada e nada de mensagens. Pensei mil coisas, ficou doente? foi acudir alguém da família que adoeceu e teve que viajar? a mulher desconfiou de algo e tiveram uma briga? Passei uns 4 e-mails pra ele falando do que significou pra mim aqueles poucos momentos no cinema, de nossas conversas anteriores, e nada de resposta.

Quando completou uma semana, enfim veio a resposta. Kalil estava com medo de seguir em frente comigo. E olha que em uma das mensagens que passei pra ele foi justamente isso que eu relatei-eu achava que ele estava com medo. Não é que acertei.

Não foi fácil aqueles dias pra mim, cheguei a chorar por ele. Me questionei muito, o que vi realmente nele que me atraiu? como chegar aos 45 anos casado com 2 filhos lindos e uma vida estabilizada, e se sentir meio adolescente. Estava confuso com meus desejos.

O que fiz de errado, perguntei. No último e-mail dele que recebi ele disse: quando você passou a mão na minha perna quase entrei em pânico e tive vontade de sair do cinema. Como encarar tudo isso, eu fui fiel e verdadeiro com ele até o último instante. Confiei meus segredo, falei da minha vida, mas ele estava estranho.

Senti que ele só quer alguém pra transar, pra extravasar a vontade dele. Me identifiquei com ele, eu era passivo e ativo e ele também. Eu queria alguém pra ter o que nunca tive: uma relação completa, mas não uma transa por transa.

Pensei que ele ia mudar de ideia, e feito bobo continuei a ver possíveis e-mails dele. Nada chegou. Resolvi então deletar tudo que tinha recebido dele, até uma foto na piscina que ele tirou.

Continuo entrando nos sites de relacionamento e esperando que um dia encontre alguém que possa me tocar, e me fazer gozar, mas com decência e companheirismo. Não quero um amante que viva colado comigo, queria sim poder trocar experiências, falar com alguém sobre esse monstro que vive dentro de mim e que as vezes tenta me engolir.

Sei que muitos caras casados vivam este mesmo dilema meu: como compartilhar as emoções com uma mulher (estando casado com ela) e ter desejos por homens. Sigo o meu caminho, quem sabe um dia eu encontro essa emoção a mais. Decidi que eu não quero chegar na velhice com coisas pendentes na minha cabeça, uma delas são minhas escolhas sexuais. Amo minha família, mas não posso e não devo mascarar minhas vontades.

Ainda tenho tempo para buscar minha felicidade. Relato que o que era para ser um conto colegas, é a mais pura verdade que passei neste começo de ano. Ainda estou com o coração mole, frágil sentimentalmente, mas vou em frente!!



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07/06/2015 16:32:27 - Gostei, mesmo não sendo casado, passei por algo parecido há um tempo !

29/03/2014 02:42:22 - Cara, quanta sensibilidade! Delícia de relato!

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