Contos Eróticos
#FETICHE Primeira vez, um negro
Já faz uns dez anos. Eu tinha cerca de 30, carioca, namorada firme, advogado bem empregado, vida normal.
Só que por dentro, aquele desejo estranho que de tempos em tempos me fazia ficar horas teclando no bate-papo, a coisa proibida que excita sem a gente entender porque. Comecei por curiosidade, depois por prazer mesmo, e com apelidos discretos que quase sempre atraíam caras ativos, como "quieto", "tímido" etc.
Tinha interesse em conversar com coroas casados com mulher, do tipo sigilosos, que me deixassem seguro. Cheguei até a topar encontrar um ou outro depois de muito papo e muita cantada, em lugares públicos mas discretos como uma lanchonete ou um café, mas a realidade nunca chegava perto da imagem que eu havia fantasiado. Quase sempre faltava masculinidade no sujeito ou, se não, o cara já chegava a mil por hora praticamente convidando pra transar, eu me assustava e vazava, o medo de alguém sequer imaginar algo de mim já me fazia suar frio, coisa típica de rapaz criado em família tradicional conservadora de classe média.
Um belo dia um cara puxa papo no chat, vi logo que não era meu perfil porque o apelido dele indicava ser negro. Eu nunca tive preconceito mas minha família sim, tinha muito, e uma mulher negra não me atraía nem um pouco, imagine então um homem rs. Mas o cara insistiu, Luciano o nome dele, muito bom de papo, fui dando trela e gostei muito, conversamos quase a tarde inteira. Era novo ainda, estudante de direito, e portanto o papo girou em torno de outros assuntos também, mas claro que o interesse dele era sexo mesmo, e meu perfil o deixou super interessado, dava pra perceber que só conversava comigo no chat, respondendo rápido, dizia que procurava um cara com namorada, acima de qualquer suspeita, pois era noivo e não podia se expor, mas já era experiente e deixou claro desde o início que dos outros gostava só do bumbum, pinto bastava o dele. Chamou pra nos conhecermos, eu respondia que negro e jovem não era o que eu procurava, mas depois de muita insistência e com o papo gostoso dele acabei topando, desde que fosse só uma conversa mesmo.
Marquei no centro da cidade, fui de carro e o peguei no ponto combinado. Confesso que me arrependi quase que imediatamente, o achei feio, e confesso que na hora percebi que eu tinha sim preconceito, se eu pudesse o teria pedido pra ir logo embora mas não tive coragem, ele sorria com grandes e bonitos dentes brancos, mas de resto era absolutamente negro, "azul" como se costumava brincar na época. Tinha um corpo normal, roupa simples de estudante de faculdade no centro, morava num bairro distante, era um suburbano típico, não sei se ele percebeu mas meu desapontamento era total, só que ele não se intimidou nem um pouco, conversava bem ao vivo tanto quanto no bate-papo, ia falando sem parar e quebrando meu gelo, no início eu só pensava "o que to fazendo aqui?" mas acabei entrando na conversa dele, falava sobre a faculdade, a mulherada, o calor, e ao mesmo tempo ia me mandando entrar aqui, seguir por ali, até que entramos no estacionamento da faculdade da cidade, ficava de frente pra Baía de Guanabara, na época era bem tranquilo, havia um vigilante na entrada mas lá dentro era uma área bem grande e
sossegada. Me mandou parar numa vaga mais escondida, pensei que seria bom pra conversar sem dar bandeira. Eu estava ainda acanhado mas cada vez mais solto, Luciano ria, conversando sobre tudo menos sobre aquilo que eu sabia que cedo ou tarde ele ia chegar, e isso dava um certo frisson que me agradava, bem diferente de outros que eu havia conhecido antes, ia me perguntando sobre minha vida, o que eu fazia etc.
Por fim ele parou de perguntar e eu de responder, e aí ele se virou bem pra mim e me olhou bem diretamente, primeiro o rosto e depois foi baixando pro meu corpo, sem pressa, e disse "Bonito você. Deve fazer sucesso hein?". Eu sempre fui alto e na época era magro mas bem distribuído. A mãozona dele me tocou pela primeira vez, primeiro no braço e depois por cima da bermuda e no meu joelho, eu lembro que fiquei parado, não me mexia, não sabia se corria ou se ficava. Ele sorria como quem tá seguro, sabendo o que fazia apesar de ser anos mais novo. Me perguntou se eu tava com medo, me mandava relaxar e ao mesmo tempo já me tocava o corpo de alto a baixo. Finalmente olhei detidamente pro rosto dele, era preto reluzente, os traços típicos da cor, boca grande, lábios grossos, nariz largo, "um negão de respeito" eu pensei na hora e naquele momento percebi como ele era masculino, os olhos grandes não escondiam o desejo que tava sentindo, e eu instintivamente baixei os olhos pra sua calça jeans e vi o volume estufado.
"Pega", ele falou, mas eu não me mexi, minha razão ainda presente me dizia pra fugir dali.
Suas mãos foram até a braguilha e a abriram num segundo, apareceu a cueca branca já molhada, e no segundo seguinte ele puxou o membro. Já estava escurecendo e eu olhei aflito pros lados, mas não tinha ninguém pra nos surpreender ou me "socorrer", rs. "Pega", ele disse de novo, a voz firme, já não sorria mais. Botei a mão pela primeira vez na vida, parecia enorme pra mim, quente, duro, preto e lindo. Sem pensar fui apertando devagar, acariciando como um brinquedo novo, o bicho parecia querer saltar, e o dono dele fazia um som baixo que parecia uma cobra sibilando, "issss", cheio de tesão. A mão grande veio por trás da minha cabeça, na altura do pescoço, e pressionou pra baixo, mas eu não cedi. "Cheira", ele disse, mas eu balancei a cabeça negativamente, eu sabia que tinha que ir embora, "só vim conversar, cara" eu falei, e ele respondeu "tamo conversando, mas abaixa aqui po", mas eu não abaixava. Ainda ficamos alguns segundos assim nesse jogo de gato e rato, até que ele tirou a mão e eu pensei que ele tinha desistido, só que logo em seguida me deu um tapa rápido no rosto, de leve, mas suficiente pra me assustar. "Anda, vem fuçar", e ante minha inércia mais um tapa, agora mais forte, e depois outro e mais outro, até que eu pedi baixinho pra ele parar. "Então abaixa, porra!", e a expressão dele mostrava aquela raiva típica do desejo que tem pressa. Dentro de mim os sentimentos se misturavam, era humilhação, medo, raiva. E tesão. Eu reconhecia finalmente um macho à minha frente, um macho alfa onde eu menos esperaria encontrar.
A mão voltou pra minha nuca e dessa vez não encontrou resistência. Me abaixei, e olhei aquele enorme piru negro a poucos centímetros, senti o cheiro, e finalmente envolvi sua cabeça com meus lábios do jeito mais delicado que pude, igual tantas mulheres já tinham me feito antes. Ouvi o gemido rouco de Luciano, e entendi que fiz certinho.
Depois disso qualquer um pode imaginar o que aconteceu. Ainda tentei fazê-lo gozar ali, mas ele não era um amador, se controlou muito bem durante minutos, até que determinou "liga o carro e vamos sair daqui". Relutei um pouco, disse que minha namorada me esperava, o que era verdade, mas outro tapa me fez ver que já não tinha escolha. Me lembro bem da bocona dele quase engolindo a minha ainda dentro do carro quando parávamos nos semáforos. Chegamos no motel, eu morto de vergonha na frente do atendente, pedi o quarto e lá dentro Luciano se fartou, não preciso detalhar tudo que ele fez, sem pressa e, verdade seja dita, com muita paciência. Não foi preciso mais "violência", embora os tapas na minha bunda branca já me excitassem bastante. Ele parecia fascinado com meu corpo de falso magro, com um bumbunzão grande e firme, e a imagem que guardo até hoje é do espelho grande da parece, eu de quatro bem empinado na quina da cama, pedindo por favor pra ele ir devagar, e Luciano de pé atrás rindo de um jeito bem sacana, me falando pra ter calma e ao mesmo tempo elogiando meu bumbum, feliz de tirar meu cabaço, enquanto meu telefone vibrava com minha namorada ligando. A piroca negra, envolta pela camisinha, foi sumindo devagarinho por entre minhas nadegas bem branquinhas, enquanto a dor me fazia gemer e parecia lhe dar um certo prazer, até que chegou finalmente a engatar tudo e parou. Ficou bem paradinho, não mexia nada, e eu ali, sofrendo aflito, e ao mesmo tempo com tesão pelas bobagens que me falava baixinho no ouvido. "Tá gostando, meu doutor? Coisa linda, vc agora tem dono, viu? O negão aqui tá tirando teu cabaço".
Por sorte ele gozou rápido. Eu fui pro banho, cheio de remorso, raiva de mim mesmo, completamente confuso. Quando saí, me enxuguei e já ia botar a roupa pra ir embora, mas o vi ali, deitado, cochilando, o penis mole mas ainda inchado, caído pro lado. Não consegui sair. Fui ver de perto, fiquei admirando, e pouco depois o macho acordou. Foi se lavar e quando voltou quis mais, novamente pra minha sorte, porque dessa vez doeu menos e gozei forte.
Apesar das minhas crises de consciência, ainda saímos outras poucas vezes, porque ele me ligava sempre, eu dizia que não queria mais, mas quando meu rabinho parava de doer eu só lembrava do tesão e acabava cedendo de novo.
Só consegui parar quando ele disse que tava solteiro de novo e se eu não tinha interesse em algo mais duradouro. Morri de medo, troquei o fone e nunca mais. Já se foram uns dez anos e eu continuo gostando de mulher, mas não esqueço daquele preto safado.
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