Contos Eróticos

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Outros: Putaria no bananal

Noite quente, intenções acaloradas, desejos ardentes, tudo é brasa. A leve brisa que refresca seu rosto, refresca e estimula e pega fogo e o consome. As labaredas tentaculares o envolve e o conduz. Sem resistência, ele vai. Ele é Luiz, mulato de peito talhado, beiços carnudos, braços firmes e fortes.

Ele vai com sua camisa envolta ao punho, desenrolando-a casualmente e batendo-a em seus ombros largos como quem se penitencia; vai pela calçada pouco iluminada, mas o bastante para iluminar seu belo gingado tentador, que provoca os que o olham; ele segue buscando esses olhares e estendendo sobre eles feixe de luz que arrebatam aos outros e os convidam a seguirem juntos.

Juntos, a matilha caminha em direção ao matagal, onde a iluminação dos postes não entra, apenas o brilho dos corpos suados refletidos pela luz natural fixa no céu todo encoberto de piscantes espectadores.

Chegando ao bananal, refastelando-se em suas folhas, camas naturais, o bando, com corpos amostras, roçam-se intensamente como pedras atritadas pelo homem primitivo em busca do fogo, produzem as primeiras faísca, os primeiros gemidos intercalados pela respiração ofegante, cujos sopros estimulam os corpos em brasa. Tudo é fogo!

As chamas crescem, alastram-se pelo bananal produzindo mais fogo, cujas altas labaredas tomam pelo braço outros desafeiçoados que curiosos, não menos excitados, por ali passavam tornando-se presas fáceis, voluntárias presas, quem a hora servem a matilha realimentando-a.

Seguindo o mesmo movimento, embalados pelo entoar do uivo da brisa e o urro dos gemidos uníssono anunciando a interseção dos corpos, ansiando fundirem-se, tal qual o metal a altas temperaturas, rejuntados pelo suor, são todos um só, entregues aos braços cintilantes das estrelas, cabeça encostada ao peito macio do luar, tendo a face, o semblante em visível estado de enlevação, acariciada pelas mãos firmes e condutoras da noite.

Luiz contorce-se inteiro espalhando por toda epiderme o arrepio trazido bela suave e fria brisa, amainando a ardência da pele sobre sua espinha. Ele regozija, todos distendidos também o segue. A Via-Láctea arrefece o bananal.

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31/05/2015 01:01:48 - bonito e poético muito bacana parabéns seu conto é erótico sem ser pornográfico.

30/05/2015 22:55:14 - Enfim algo que vale parabenizar! Belíssimo texto literário! Intenso, vigoroso, viril, apaixonante! Sutil! Ai revelar o autor um poeta! Um virtuoso na arte de escrever! Novamente meus parabéns. Continue sempre nos presenteando com seus verdadeiros poemas libidinosos!!!

30/05/2015 10:27:09 - Bom,coloque mais picantes

30/05/2015 06:45:30 - Esta é uma prova de que não é necessário ser escrachado para ser erótico e sensual. O autor deste conto prova isso com poesia e muita tenacidade ao deixar o leitor todo arrepiado com essa descrição sensacional de um sexo imaginário e muito gostoso. Parabéns.

29/05/2015 23:57:43 - Excelente conto! Muito bem escrito. Parabéns!

29/05/2015 20:29:29 - Excelente texto, muito bem cuidado. Conforme lia, fui sendo consumido pelas mesmas labaredas, me imaginando nessa matilha, só pra tomar esse banho de leite ao final. Quem tem essa criatividade para escrever um conto tão excitante? Aposto que ela se manifesta também na cama. Delícia!

29/05/2015 19:56:29 - até que enfim um conto bom.

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