Contos Eróticos

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Fetiche: Meu querido potro

Ele tinha o rosto grande másculo, queixo quadrado e as mandíbulas bem marcadas. As sobrancelhas espessas e os olhos castanho-amendoados davam-lhe o ar de um deus saído de alguma lenda árabe. Montado em seu cavalo, então, na hípica, lembrava um verdadeiro thuareg - aqueles árabes andarilhos do deserto.

Forte, tão forte quanto o cavalo que montava, exalava masculinidade ao adentrar, suado, o vestíbulo da hípica que eu, também, frequentava. Admirava-o de longe, achando-o inatingível, impensável para mim.

Olhava-o como uma criança que admira e sonha com o brinquedo ou o doce inatingível em uma vitrine. Imaginava lamber aquelas gotículas de suor - doces e salgadas - imaginava eu, que escorriam pela testa, rosto e pescoço. Ardia-me ao pensar em passar a língua pelas axilas, braços, pernas, virilhas suadas e chegar ao saco e pênis como caminhante do deserto: sedento por sorver todo o líquido dali.

Perdido em meus devaneios, hipnotizado ante a visão daquele peito forte, barcos másculos e pernas torneadas não notei que ele, já totalmente nu, preparava-se para entrar sob o chuveiro e lavar-se. Imaginei-me o sabão a percorrer todos os vales daquele corpo, as partículas de água que percorriam seu corpo sem barreiras, restrições ou pudor. Ele, então, olhou-me nos olhos, e, grata surpresa, mostrou-me o mastro já armado que, pelo meu olhar exímio, devia ter seus 22 cm de calibre. Disse-me, diretamente: Quer? Cai de boca.

Estático, não sabia se, sem nada dizer, cairia de boca antes que ele se arrependesse ou sairia dali correndo, mantendo meus fetiches e sonhos de um dia tê-lo meu.

Foi então que, vindo não sei de onde, uma luz reveladora sobre mim, qual uma epifania, levou-me a timidamente tocar e apertar aquela rola tão desejada e inacessível, como Scarlett Ohara, ao apertar entre os dedos a tão abençoada terra, da qual tiraria seu sustento e, com a qual, jamais passaria fome novamente. A minha fome era grande.

Massageei, apertei e pude senti-la vibrar entre os dedos de minha mão. Também não me fiz de rogado, caí de boca ali e suguei, sorvi aquele mastro da cabeça ao pé. Sentia a uniformidade e perfeição daquele membro com os lábios, língua e os dentes - mordiscando de leve, arranhando-o em toda a sua extensão. Lambia-o de lado, descia a boca e língua até a ponta e, depois, num susto de perdê-lo, deixava-o escorregar inteiro pela minha garganta. Sufocava-me com ele, para, de repente, ter a certeza de ser tudo ali concreto, real.

Lambi as virilhas, bebi a água que escorria de seu corpo e, submisso ao meu macho, olhava-o de baixo para cima, tentando alcançar seu peito musculoso, como a escalar aquela montanha.

Era como se aquilo fosse a dádiva máxima que todos os deuses poderiam oferecer a um reles mortal como eu. Eu estava no paraíso.

Sem nada dizer, levantou-me pelo queixo e ombros e encostou-me, de costas, nos azulejos da parede lateral. Indaguei-me se não gostara do meu boquete, mas imediatamente começou a pincelar meu ânus com sua pica imensa. Qual lanterna dura, longa e grossa aquilo me tirava da escuridão e me levava à luz. Forçava a entrada do meu cu, como a saber da impossibilidade de ela entrar ali sem a lubrificação. Batia com ela em minhas nádegas.

Comprimido contra a parede, eu deleitava-me com o macho sonhado a tentar me preencher. Meu Deus, como era grande, como era grossa. Tive vontade de chorar. Não, não pela dor, mas pela sublime felicidade de tê-lo, ainda que por uma única vez.

E, assim, em devaneio, senti que de sua boca saía em forma de cuspe, uma saliva quente a lubrificar meu ânus, sedento pela penetração. Aos poucos, sem pressa, ele me possuía.

Entrou e saiu se mim como se soubesse que eu era seu escravo. Socou, estocou com vontade como se estivesse tão seco, tão sedento quanto o caminhante do deserto.

Senti, por fim, suas bolas baterem em minhas nádegas e entre as pernas... um inchaço de sua rola antecedendo o gozo farto, quente, viscoso. Minhas entranhas - em brasa - rasgadas pelo mastro, latejava, comprimia seu pênis como a querer decepá-lo. E, para minha suprema felicidade, sem ao menos tocar meu pênis, eis que jatos de porra saíam dali. Foi o orgasmo mais intenso que senti na minha longa vida sexual. Eu estava em êxtase.

Ele, então, saiu de mim, deixando-me em vazio completo. Era como se eu pudesse viver com aquela estaca todo o tempo dentro de mim.

Virou-se e, sem nada dizer, começou a ensaboar seu corpo.

Eu, por vez, dirigi-me a outro box. Na minha mente, a lembrança e a incredulidade de que aquilo realmente acontecera. Não me sentiria, por acaso, merecedor? Não sei. Sentia, entretanto, pelas minhas pernas escorrer aquele gozo de macho, prova de que tudo ali fora real. No meu ânus, enlarguecido, a sensação de que, a partir dali, não conseguiria segurar mais nada.

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