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Familia: Um sonho de primo (parte 2)

Porto Alegre já não me parecia tão fria. Eu não fazia ideia do que havia acontecido comigo, mas desde que havia provado os lábios de Alberto Montana, meu primo, não pensava em outra coisa a não ser ele.

Pode ser até loucura, mas sempre que fechava os meus olhos eu via somente ele deitado nu em uma cama, com os seus braços longos e fortes me apertando contra o seu corpo. E toda vez que ele acordava antes de mim, sempre dava um beijo em minha testa para me fazer acordar.

Quase todas as tardes nós transávamos, pois ao terminar a aula eu voltava para casa e a maioria dos treinos de Alberto eram noturnos e apenas em algumas tardes. Meus tios retornavam em casa quando já fazia noite, e minha prima tinha conservatório no período da tarde e esperava a carona da minha tia para voltar.

Assim nós tínhamos a tarde inteira livre para nós dois.

Ele sempre foi de sair, mas agora em todas as tardes, antes de almoçar, nós tomávamos banho e transávamos. Dentro do banheiro era onde sempre começava os carinhos, ele adorava minhas mordiscadas e eu carregava hematomas e marcas de chupões por todo o meu corpo. Nossas brincadeiras variavam com os dias, as vezes éramos selvagens e outras apenas dois amantes.

Nossos beijos eram longos de tirar o fôlego, mas ao entrar no quarto e deitar na cama, logo eu dava um jeito dele me penetrar, pois todas as vezes eu delirava de excitação e precisava que ele apagasse o meu fogo. Com o tempo fui me acostumando com aquele pênis rosa, reto, grande, grosso e ainda por cima era circuncidado, muito lindo. Aquilo parecia ter vida própria, quando estava dentro de mim pulsava tão forte que eu sentia prazer apenas com o seu pulsar.

Já fazia dois meses que estávamos juntos, e assim ele não fazia cerimônia para penetrar e romper o silêncio com os meus gemidos de prazer. Ele sabia como fazer um maravilhoso sexo, cada dia era diferente e variava de posições ou não. E em seus braços eu me sentia seguro, fechava os olhos para aumentar a sensação daquele momento em que ficávamos bem colados escutando a respiração um do outro, olhando profundamente nos olhos, após os beijos e mordidas os lábios se apertavam pelo ápice do prazer.

E pelo fato da casa estar vazia, não precisava segurar meus gritos, quando ele aumentava a sua força por sobre o meu corpo, como se quisesse transpor meus limites físicos e adentrar dentro de mim e rasgar a minha pele como um papel macio. Em momentos intensos sentia os seus olhos pegarem fogo e ao aumentar o ritmo da penetração o meu coração podia parar que aquelas batidas em meu corpo já eram o suficiente para o pulsar do meu sangue. Realmente eu havia me tornado dele e estava completamente apaixonado por ele.

Em algumas noites, quando não nos encontrávamos de tarde, o jantar ou apenas o lanche da noite era o que decidia se iríamos para dormir juntos. E como os nossos dois quartos eram no andar de cima da casa e um pouco afastados dos outros, nunca tivemos problemas em trocar de quarto. Porém inúmeras vezes alguém batia na porta de um perguntando onde estava o outro, sendo que em maioria das vezes sempre escondíamos em baixo da cama, ou então, se era no quarto de Alberto, eu ia para o banheiro em algumas situações.

Mas nossos encontros noturnos eram melhores ainda. Eu tinha uma TV grande em meu quarto e antes mesmo do nosso romance iniciar, já ocorreu de assistirmos alguns filmes, e tudo acabou continuando da mesma forma. A minha prima, Larissa, assistia algumas vezes conosco, e isso ajudou muitas vezes nas desculpa de não vermos os filmes na sala de TV com os meus tios.

Durante o filme, jogo ou qualquer coisa que fizéssemos a noite, nos contínhamos quanto as nossas demonstrações de afeto. Mas sempre ficávamos acordados por último, e antes de iniciar a troca de carícias trancávamos ambos os quartos, uma tática que sempre deu certo. Não sei porque, mas a noite ficamos mais sensíveis, e o sexo com Alberto a noite estava mais para amor, do que apenas uma transa.

Desta vez os gritos deveriam ser suprimidos a gemidos sussurrantes e fracos, e assim ele tomava cuidado em não me machucar para que eu não gritasse. As rodadas noturnas eram muito mais longas, por ter que diminuir o barulho. Porém nossos corpos se apertavam um contra o outro mais forte ainda, nossas bocas não desgrudavam dos ouvidos do outro, para que, nenhuma palavra dita fosse perdida. Contudo isso, potencializava o orgasmo no final ao ponto de ver as estrelas dançando no aveludo céu, e assim, terminar com um longo beijo de boa noite e adormecer abraçados.

As férias de Julho se aproximavam, e planejávamos uma viagem para um parque temático, apenas nós dois, junto a uma excursão, um álibi perfeito. Se ainda gostarem, posso contar essa extraordinária experiência.

Flávio Montana

Entre em contato com o autor: http://disponivel.com/Totogv



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